Ressuscitar Aprilia Red Rose 50

Pois bem, apesar da minha primeira tentativa de ressuscitar a velhinha Aprilia Red Rose 50 Fifty não ter corrido a 100%, cheguei a ouvir o motor a trabalhar, infelizmente "a fundo". E é esta a parte que correu menos bem... :?

Deixo um registo do trabalho que tive e espero em breve trazer mais notícias.

A motinha contém muitos cromados e alguns dourados, infelismente a maioria de plástico, que neste momento se encontra degradado devido á idade.

Então, o meu plano foi:
- llimpar carburador
- Verificar vela
- Substituir gasolina do depósito
- bateria nova
- encher pneus (comvinha 8) )
- limpeza final (ficou adiada...)

Então, vamos ás fotos:

Carburador fora.




Bateria "morta" fora.


Bateria nova á carga.


Á falta de banca, tenho sempre a mala do Passat. O:)


Linha da gasolina e filtro novos no carburador já limpo.


Não estava previsto, mas já que o tubo rompeu ao desmontar, foi tudo substituído.

Gasolina velha out (acho que a XT a vai queimar na boa :mrgreen: )

Com a fresquinha já pronta.


Carburador in.



Bateria nova carregada in.



E aqui veio a parte em que infelizmente me apercebi de que algo estaria mal. Coloco a mota a trabalhar. Pegou logo, mas "a fundo"... Ou seja, devo ter o carburador mal montado, fazendo com que a agulha não esteja a descer. o que equivale a ter o punho totalmente rodado. Estranhamente o punho do acelerador tem o seu curso normal, mas ouve-se um barulho estranho no corpo do carburador sim. 8)

Bem, estava farto de "matar saudades" de me besuntar todo em óleo e a hora já era tardia. Ficou para outra investida, de preferência por alguém que domine mais o assunto. :feeding:

Esta que encontrei á venda cá em Portiugal é exactamente o mesmo modelo do que a minha, com a excepção que lhe falta a opção do extra do enconsto.



Pelo preço que está á venda (600€) até apetece telefonar ao homem... 8)
So lhe aplicava o meu encosto e tinha a "minha" motinha de volta em melhor estado do que quando a comprei. :x :x :x

Alguma informação técnica:
Trata-se do primeiro modelo de Red Rose 50, com um motor Minarelli monocilíndrico refrigerado a água, de 49,6cc e creio que uns 9cv de potência (mas vou apurar pois encontrei manuais técnicos). Tem caixa de 4 velocidades apenas.
Também existia este motor numa versão com cerca de 1cv a mais, e caixa de 6 velocidades, mas era utilizado nas AF1 Replica e Sintesi (versões de "pista"). Mais tarde o motor foi substituído por motor Rotax de 6 velocidades que veio a equipar as Red Rose 50 Classic e as Af1 Futura.
Curiosamente este modelo, sendo um "velocípede com motor" era anteriormente matriculado nas Câmaras Municipais da área de residência, tendo a minha inicialmente sido de Ponte de Lima, e quando eu a comprei passou a ser de Viana do Castelo e pedeu toda a informação técnica constante no livrete original e ano de primeira matrícula com esta transição... Só por curiosidade e teimosia, arranjei um contacto na câmara que me forneceu uma cópia da ficha técnica interna original.

Outra curiosidade, neste caso quase cómica, é que esta era simplesmente a maior e das mais "potentes" 50cc da altura, mas sendo um velocípede com motor a lotação constante no livrete era "O condutor". Ora se esta motinha não podia levar 2 pessoas, qual 50cc podia? 8)

Parabéns pelo inicio do restauro... Essa Aprilia era bem bonita na altura...

hehehe tenho um amigo que tem uma igual caixa de 4 depois de embalada andava bue toda de origem muito confortavel para uma 50

Sem dúvida que andava bastante bem. Acompanhava as míticas DT LC e a pequena diferença de potência notava-se com penduras ou em subidas.

Quanto ao meu problema com o carburador, alguém me dá dicas?

Eu tenho hipóteses para o que possa estar a acontecer, e essas resumem-se a cabo do acelerador preso por algum motivo ou (a suspeita mais forte) agulha fora da sede. E isto devido a que o corpo do carburador tenha o êmbolo mal montado por estar em posição incorrecta.

O carburador é um Dell Orto SHA 12-14 (o original).

Boas

Eu também ando empenhado na minha Macal m2-3 de 93 (motori minarelli P3R com qualquer coisa da Ducati ) que foi uma excelente companheira
A cabeça do motor é algo diferente desse, mas a parte de baixo é algo semelhante

Esse motor funciona a 6V certo?
Se o motor pegou e a rotação subiu desalmadamente e o paras-te de repente o mais certo é a vela ter encharcado
Esses carburadores são simples e normalmente a montagem é obvia.
A minha tem um Dellorto SHA 14 12, mas pelas imagens é ligeiramente diferente desse.

Cumps

Boas...

Acontece na DT125AC de 1984,
quando desmontamos a agulha do carburador para trocar o cabo do acelerador, por exemplo

assim que damos ao kick ela pega e vai para o red line sem esplicação...

depois podemos desligar a chave corta corrente, etc... e até tirar o cachimbo da vela que o motor continua a trabalhar no red line... enquanto tiver gasolina

A explicação neste caso (que já aconteceu comigo duas vezes)... o motor entra em auto denotação ... como os motores a 2 tempos dos carros tele-comandados...

A única forma de parar o motor, é engatar a 1ª e agarrar nos dois travões bem a fundo, e soltar de-repente a embraiagem...

depois basta esperar 3 minutos para que a gasolina evapore e da-mos ao kick e fica normal...


isto aconteceu na minha DT125AC (motor minarelli a 2 tempos) duas vezes... uma quando troquei o cabo do acelerador, e outra quando andei a mexer na posição da agulha...



Não sei se o teu caso é o mesmo...
e se quando desligas a chave ela pára...
então deve estar o cabo do acelerador preso ou esticado ou a agulha lá dentro aberta...

este bloco era usado pela Macal sim. Tanto refrigerado a ar, como a água. Mas esta trabalha a 12V. A 6V trabalha a Jawa de 68 que o meu velhote tem na garagem.

Fui ver a referência do carburador num manual italiano, mas realmente não me parece bem igual na parte de cima...

Esta pegou 3 ou 4 vezes e parou sempre ao desligar a chave.
Eu dantes era mais habilidoso a desmontar estas coisas. Como podem ver até o colector de admissão desmontei para sacar o carburador.

A agulha pode simplesmente estar fora da sede, ou seja "ao lado" do buraco onde entra e através do qual passa a gasolina da cuba do carburador para cima.

Ora outra verdade é que a encharquei da mesma forma que estava antes de eu desmontar o carburador, ou seja, "afogando" a bóia do carbrador, que não tem parafuso para sangrar... Tem mesmo que ser rodado ou desmontado para aceder aos 4 paraafusos que fixam a cuba.

E estranhamente, num país falido, nem pagando um mecânico a vem buscar a casa para a pôr a trabalhar...

Boas;
Lamento desapontar-te, mas a Red Rose é bastante contida em relação a valores de potência máxima e o motor não tem nada a ver com as versões mais desportivas. Deve debitar cerca de metade dos cavalos que indicas. Não que isso interesse muito, pois trata-se duma custom para uso descontraído e não duma moto para fazer corridas.

Quanto ao problema do carburador que referes, o êmbolo deve ter um rasgo longitudinal e o corpo do carburador deve ter um pino para evita que o êmbolo ande às voltas, tenta montar tudo e verifica se fica tudo a funcionar de modo suave sem qualquer prisão e a agulha faz o seu curso todo.
Dá também uma vista de olhos ao cabo do acelerador e vê se este não tem prisões.
Isso é uma coisa simples de resolver, monta tudo com cuidado e vais ver que fica a funcionar bem.

Pois, o que dizes acerca do rasgo longitudinal e do "pico" eu lembrava-me e tentei colocar correctamente. Resta-me agora verificar alguma prisão do cabo de acelerador. Em princípio no sábado faço novo ataque.

Quanto á potência da motinha, se estou enganado não é por muito e disso tenho a certeza pois "devorava" as revistas da especialidade na altura. A Red Rose tinha umas décimas de cavalo de potência a mais do que a DT LC, assim como tinha a menos do que a RZ LC e de que a AF1 replica. Não me recordo exactamente e a pesquisa que fiz não me levou a lado nenhum pois o motor que encontro nos manuais é outro, um de apenas 3 velocidades e isso explica o carburador ser diferente, mas creio que a potência anunciada era de 9 ou 9,1Cv, sendo a Afi de 9,6Cv. A diferença devia-se principalmente á diferente relação de transmissão.

Eu sei que tenho em casa uma ficha técnica original portuguesa, mas com a última mudança que fiz não sei onde está...

A revista motojoral tinha esses elementos na altura em que a mota se comercializava (89-92).

Boas,
Não vale a pena discutir quantos cavalos tinha ou não, afinal no meio disto tudo estamos a falar duma cinquenta em que o seu forte não será com certeza a potência máxima.
De qualquer forma, 9 cavalos é um valor demasiado optimista, aconselho-te a nunca fazer um teste num banco de ensaio para não ficares decepcionado.

Quanto a revistas como a MotoJornal, prefiro não fazer comentários... Apesar de ter em casa os exemplares todos dos primeiros 10 anos desde o nº. 1 (vantagens de ter um pai que também gosta de motos).

Espero que recuperes a tua pequena custom, pois as 50cm³ acabam por ser bem divertidas. Ainda hoje em divirto quando pego numa DT 50 LC que está lá por casa.

boas. só agora vi este topico. dá sempre gosto ver gente a restaurar maquinas destas.

relativamente ao problema que tens com a aceleração isso é porque o carburador tá mal montado. nao sei explicar bem ao certo mas se nao me engano, tem uma peça redonda que é onde o cabo do acelerador vai puxar para fazer a mistura da gasolina com o ar. essa peça tem um formato arredondado de um lado e direito do outro. penso que deves ter metido isso com a parte arredondada para baixo. isso faz com que a gasolina esteja sempre subida e portanto tá sempre a acelerar. ja me aconteceu isso com uma scooter que comprei e nao entendia porque acelerava em ponto morto. cheguei a ir contra um portao e tudo. levei a scooter ao meu mecanico e ele montou isso como deve ser.
penso que é a peça numero 29 desta foto:

Bela motorizada... já não vejo uma na estrada há muito tempo...

Ainda me lembro de um colega com uma, procurei no meu baú e encontrei uma foto dela junto com a minha DT50LC no Gerês... Velhos tempos....

Bela foto essa do Gerês.
Eu também rolei bastante com um colega de DT LC. Podes confirmar o andamento de ambas. No nosso caso era muito taco-a-taco. Mas eram diferentes a puxar, o motor LC disponibilizava sempre binário e o minarelli era mais pontudo. Com ambas de origem e em plano a red rose era muito ligeiramente mais veloz, mas eram precisos quilómetros para se começar a notar aguns metros de diferença.
Eram mesmo diferentes, amba excelentes na minha opinião, sendo o motor LC mais agradável no global, nem que seja só por causa de parecer sempre estar pronta para puxar.

A minha tem tudo o que é cromado e dourado num estado muito diferente do original...
Até o farol que já tinha umas mazelas de um malho agora está mesmo a precisar de ser substituído.
Até as letras "Fifty" que tem nas tampas laterais do quadro tem o cromado oxidado pela idade e quase desapareceu...
Mas isso será outra fase, lentamente substituir ou tentar recuperar cromados e dourados.

Quanto ao carburador, pensando eu em simplificar o trabalho, nem sequer retirei a agulha dessa peça, ou seja, desmontei a tampa do carburador e deixei essa peça e a agulha agarradas ao cabo, ou seja, está tudo como estava. Posso realmente ter a agulha fora daquele orifício ao fundo do copo do carburador ou mesmo o cabo encravado em algum lado.

Hoje vou tentar de novo, mas não tenho a ferramente mais adequada.. Precisava de uma chave de fendas curta ou de ângulo.
Vou ver o que consigo fazer.

Voltei a desmontar o carburador, montei com toda a atenção e não consegui voltar a pôr o motor em funcionamento...

Parece qe a gasolina não chega lá. Não percebo, retirei a gasolina antiga toda pela torneira e substituí a linha do depósito para o carbutador, tendo substituído um filtro que estava colmatado com tinta do depósito.
Vou ter mesmo que pedir de joelhos a um mecânico que a venha buscar ou tentar levá-la ao mais próximo (que não fica longe).
Se fosse para me trazerem uma nova andavam eles a dar-me pressa a mim...