Hélder Rodrigues mostrou-se “muito feliz” por regressar à Honda como piloto número um da marca nipónica, que volta ao Dakar 23 anos depois, traçando como objectivo a vitória no mítico rali de todo-o-terreno.
“É possível uma vitória no Dakar. Fazendo a preparação sozinho, em casa, em dois ou três meses, consegui o pódio. Agora, com seis ou sete meses de preparação, com uma estrutura gigante e com todas as condições, há uma grande determinação e grande entusiasmo em vencer”, disse Hélder Rodrigues.
O piloto português, que terminou em terceiro lugar das motas nas duas últimas edições do rali Dakar que se disputa na América do Sul, mostrou-se também “muito orgulhoso” por a marca número um do mundo o ter convidado para integrar as suas fileiras.
“Volto à Honda onde já estive de 2000 a 2002, altura da qual tenho as melhores recordações. Já passaram dez anos, é um grande passo na minha carreira. Na altura, era um projecto nacional, agora é internacional. Fiquei muito entusiasmado e contente, e disse logo sim”, explicou.
O campeão do mundo de todo-o-terreno em 2011 revelou que o primeiro contacto que teve com a mota, baseada no modelo CRF450X - moto de enduro -, “foi bom”, adiantando que “não será difícil chegar ao perfeito”.
O regresso da marca nipónica ao Dakar acontece só nas duas rodas, com uma estrutura própria, denominada Team Honda HERC, composta pelo piloto português, o brasileiro Felipe Zanol, o inglês Sam Sunderland e o argentino Javier Pizzolito.
Quanto ao campeonato do mundo de todo-o-terreno, no qual o piloto ocupa a terceira posição, Hélder Rodrigues reconhece que já não é possível conquistar o primeiro lugar do pódio, estando em aberto a luta pelo segundo. “Apesar da primeira prova ter corrido mal [não pontuou no Rali do Dubai], já estou em terceiro. Sempre fui muito exigente comigo e acho que isso faz a diferença. Quando chegar aos Faraós quero terminar em segundo”, explicou.
No entanto, o piloto de 33 anos, ambiciona estar em “muito melhor forma” no Dakar do que no Rali dos Faraós, que se disputa de 30 de Setembro a 6 de Outubro.
“Há muito tempo e com muito trabalho pode evoluir-se muito. No Dakar espero estar muito melhor do que nos Faraós”, reiterou o piloto.
O rali Dakar 2013 vai realizar-se de 5 e 20 de Janeiro, na América do Sul, tendo início no Peru, passando pela Argentina e terminando no Chile.
04.07.2012 - 13:29 Lusa