A origem da XT660 R/X/Z - MT03

Obrigado, Johnny_1056

Eu achava que sabia, mas como prefiro as minhas motitas montadas de fio a pavio
pelos homens e mulheres dos olhos em bico fiquei

Boas,

Citação :

Eu achava que sabia, mas como prefiro as minhas motitas montadas de fio a pavio
pelos homens e mulheres dos olhos em bico fiquei

Li atentamente o artigo e todos os comentários, mas este ultimo do camarada Johnny_1056, fez com que tivesse vontade de partilhar aqui algo.

O que tenho a acrescentar é o seguinte e para que não fiquem a pensar no que vou dizer de forma depreciativa eu sou da opinião que o made in Japan é muito bom e tanto a mota como o meu carro são de marcas nipónicas.

Existem em Portugal um fábrica de torneiras da marca Grohe (marca Alemã) que produz alguns modelos exclusivamente nesta fábrica apenas e só porque conseguiram superar de forma brilhante os padrões de produção efectuados nas fábricas alemãs da marca. Quando soube disto comecei a pensar nestas questões de marca Japonesa ou Alemã ou o que seja, que são na realidade produzidos ou montados noutro pais que não o de origem da marca. Desde que os padrões de qualidade não sejam deixados para 2º plano, não existem motivos para não se optar por um modelo desenhado no Japão e produzid em Itália.
A indústria está cheia de exemplos destes, apenas mais um para terminar.
Toyota Yaris desenhado e desenvolvido no Japão, é montado em França, tem o bloco do motor da PSA(Peugeot Citroen) depois desenvolvido de outra maneira pela Toyota(O tão falado e fiável motor D-4D).

Espero ter ajudado.

Cumprimentos.

Boas;
L.Iglésias, não pelo simples facto dum produto ser executado noutro país que não o de origem da sua marca que passa a ser "automaticamente" mau ou pior. Em Portugal temos alguns exemplos, não apenas os da Grohe, tais como a Leica. Além de também termos bons exemplos de marcas que produzem componentes de todo que serão aplicados em máquinas e equipamentos de excelência.
A questão aqui prendeu-se apenas com as motos e neste caso particular a Yamaha, onde até por experiência própria sei e se nota que motos integralmente produzidas no Japão demonstram pormenores de construção muito próprios e ausentes noutras propostas de outros países.
Quanto a mim, a XT 600 2KF é a melhor XT 600 de todos os tempos e indiscutivelmente melhor que as posteriores XT 600 E, sem qualquer sombra de dúvidas.
E em relação a estas novas 660, há pormenores onde nitidamente houve preocupações em conseguir produzir mais barato, sacrificando alguma qualidade que anteriormente se considerava normal em motos anteriores.
Isto não é exclusivo da Yamaha, nota-se em todas as marcas.

Boas,

Johnny_1056, tenho de concordar que o material mais antigo nesta caso fala da XT 600 é melhor em alguns aspecto que o novo. Eu tenho vindo a notar um decréscimo na qualidade dos materiais no meu ramo nos últimos anos. E isto será transversal a todos os ramos da indústria. Redução de custos? Aumento de lucros? Um mecânico que conheço quando eu era miúdo ele dizia de outro mecânico de motas e bicicletas que havia lá na aldeia, "O Néca é do tempo em que as coisas eram feitas para durar e tudo se reparava não se comprava peças novas." Ora hoje em dia, desde que os Americanos inventaram as fraldas descartáveis tudo tem um prazo de vida e já não se reparam peças porque fica mais barato comprar uma peça nova. Creio que mais por esta razão as coisas são de menor qualidade e vem já com um prazo de vida definido, assim somos sempre obrigados a comprar peças de substituição assegurando assim que as fábricas continuam a produzir.

Cumprimentos.

Pois eu tenho de concordar em discordar.

XTE é um produto diferente da 2KF

A XTE tem arranque electrico e suspensões mais baixas, tornando-a mais estradista e citadina.

É algo diferente embora muito parecida

A yamaha evoluiu a TT600 tornando-a mais virada para o off-road deixando de fazer sentido ter dois modelos tão parecidos e assim colocou a XTE mais estradista e menos radical cortando custos em alguns componentes como as Jantes e suspensões.

Mas isso não significa que sejam de má qualidade antes pelo contrário !

As ultimas 4 PT têm melhorias no regulador de corrente , embraiagem de motor de arranque etc

São motos extremamente fiáveis e económicas e foi esse mesmo o objectivo do construtor e portanto
o objectivo foi cumprido

Quanto à origem (local de fabrico ) do material pouco ou nada tem a haver, pois por exemplo os elementos que dão mais problemas até são as falanges e os reguladores de corrente (1ª versão) e esses ão feitos no japão ....

Viva

Na minha opinião, para além do factor Custo de produção que os fabricantes têm de acompanhar cuidadosamente para não correr o risco de perder competitividade, há pelo menos outro factor que é o Pormenor de construção e este é o que eu mais valorizo.

Antigamente, por exemplo, numa Moto Japonesa a tampa de embraiagem por dentro era um espelho. Quase que dava para fazer a barba. Nas Kawasaki a direcção trancava com a chave para os 2 lados. Os mínimos acendiam a luz da matrícula, mas se ligasse os mínimos como luz de presença com a direcção trancada a luz de matrícula já não acendia. Isto é pormenor e requinte.
Sou do tempo em que ninguém conseguia meter uma tampa lateral numa KTM sem dar um jeitinho (jeitão) com uma chave de fendas porque o furo não coincidia com a rosca...

Isto é importante, ou faz as motos andar mais ou menos, ou durar mais ou menos? Não, mas é disto que eu gosto. E encontro este pormenor principalmente nas Kawasaki, encontrava na Yamaha, e não encontro nas motos Europeias ou Americanas.

Já agora, as Motos Japonesas também tinham defeitos, e para mim o maior era a corrosão. Não incluo a Honda no pacote das Japonesas porque são de longe o maior fabricante, e nunca deram atenção ao pormenor e mesmo à qualidade dos materiais, parafusos etc..


Abraço,

O conceito de qualidade também tem vindo a evoluir ao longo dos tempos... mesmo tentando que a qualidade seja padronizada aplicando uma Norma, por exemplo a ISO9001, a qualidade vai sempre diferindo de pessoa para pessoa e também adaptando-se à sociedade de consumo onde nos encontramos. Não são só as "fraldas descartáveis" é tudo um pouco pois tudo (ou quase) passa de moda, assim não se gasta tanto na "durabilidade" pois daqui a uns tempos "passa de moda"... daí o conceito feito para durar ser "mais caro" (devido aos materiais utilizados)...
No entanto as excepções existem e, nomeadamente nos motores, a minha anterior FJR fez 140.000kms em 4 anos e em Portugal há uma com mais de 320.000km e continua a andar...
Uma das coisas que me chama para a Yamaha é o facto da minha referencia de Qualidade estar enquadrada nos "padrões de Qualidade" que a Yamaha tem... não só a nivel de motores como de assistência ao cliente...
Será por isso que comprei uma Tenere de '89 com mais de 40.000km  ?

AvisRarum escreveu:

... ...
Será por isso que comprei uma Tenere de '89 com mais de 40.000km  ?

Essa ainda é quase uma adolescente  

ABR  

Edgar segui o teu conselho e passei o tópico principal a pente fino muito obrigado, vou agora ver os restantes links postados

Uma vez mais obrigado  

Boas;
A foto do conta-km não me diz grande coisa, a maioria das motos aguenta 100 000km desde que minimamente tratadas.
Já "derreti" uma moto em 100 000km, no final de vida apresentava notórios sinais de desgaste. Mas tenho a certeza de que se tivesse outro tipo de utilização ainda hoje por aí podia andar.

Agora a foto do "curriculum" percorrido já é algo que me parece digno de registo. Muitas histórias de viagem certamente.  

Sim... sim...   

mas foram 100 mil sempre a andar sem avarias...


As bandeiras que aparecem na foto são apenas metade
pois do outro lado havia mais... eheheh
e faltava ainda colar a de Portugal   

Um bom post   

Gostaria de saber mais qualquer coisa sobre a minha Black